segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Meu bigode
Cada vez mais os encontros com São paulo tornam-se casuais.
Afinal, loucura só se é quando não há nome.
Juntos e sobrepostos o coletivo de pêlos chama-se "bigode".
Permiti que ficassem e resolvi chamá-los de meu bigode. Meu bigode novo.
Desfilei pela rua e me sentia vestido com o charme de uma época que desconhecia. Me senti tomado por um eu que distante, de outras gerações, me sorriu de um jeito diferente. Era meu apetrecho cafageste, minha terceira sobrancelha. E sorria pras senhoras. Tateava-o com a ponta da língua. Molejei. Malandrei. Encarnei-me de samba, de flor, de ginga.
Era um conjunto de pêlos que sobraram daquela barba descuidada. Era meu bigode que levei pra passear. Era rosto novo com cheiro de antigo. O ridiculo sensual em uma pequena parte de pele.
sábado, 30 de outubro de 2010
Salvador
Salvador, quanto Axé. Encontro intenso, tão forte e frequente como quando morávamos juntos. Gargalhar. Sair pelas ruas. Conversar deitados numa rede com sombra de samambaiar. Um beijo. Doses. Onda contínua de mar, aberta por janelas de ônibus urbano. Gosto de frito com creme de pimenta ardida. Patas de carangueijos, rinocerontes e girafas com pescoços de coqueiros. Os sóis...o pôr dos sóis. Se pondo por terra, ar e mar e na Puta-que-pariu. Nós por de sóis com as pernas pra cima. E a partida...sem se partir. Fica possível ver.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Cidade Natal
De supetão, no meio do nada Eles surgem. Menina Melina diz:
-Os tempos áureos virão, antes que eu desfaleça com a cólera do meu eu hoje.
Fran quebra o suspiro e exclama:
-O gato rompeu a realidade do tempo e agora dialoga diretamente com seu futuro!
E na ponta da mesa, menina Cheiro feito gato estrangeiro arrastando sensibilidade em contato fecha a conta e sai por entre as pernas miando:
-Esse mundo é apenas uma dimensão na imensidão do universo que existe em nós.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O riso e a faca - Tom Zé
Quero ser o dente e a faca
Quero ser a faca e o corte
Em um só beijo vermelho
Fiz meu berço na viração
Eu só descanso na tempestade
Só adormeço no furacão
Eu sou a raiva e a vacina
Procura de pecado e conselho
Espaço entre a dor e o consolo
A briga entre a luz e o espelho
www.youtube.com/watch?v=vSFTtuVsW_E
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
No camelô
Uma fada, um gnomo, uma bruxa e um cachorro deitado na calçada responderam ao louco:
- Só vai dar certo se acreditar.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Um sopro de morte
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Samambaias e avencas
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
De mim, não sei
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Cidade Inferno
Os carros e caminhões enfileirados na margem de rio sujo e fétido chama o diabo do ódio.
Desgosto pinga em face com o suor grudento, encorpado.
É o inferno de viver no desenfreado movimento só, com apáticos rostos fantasiados de cor.
Há gordura nos ares e no hálito. Toda a pizza, os hamburgueres e queijos fritos me enojam e causam ânsia.
Aqui há rancores. Aqui há o que de mais podre existe no mundo. Aqui há também.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
sólido mundo
O mundo é preso, presa sem dedo
O mundo rodeia e tonteia, engasgo.
Às vezes
No mundo me vejo lacrado à vacuo
Eu-mundo compacto
Que eu corra e me largue do mundo
Que corra o mundo parado e se mova
Concreto contorno rachado
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Sem guarda-chuva
sábado, 26 de junho de 2010
Assim...se faz isso
E se tirasse toda minha roupa e num rompante pela rua gritasse canções que se canta junto? Seria eu louco? Que mal há n’Isso?
Quem quer sair por aí? Quem quer descalço pisar o chão? Asfalto? Barro molhado? Areia porosamente árida? Mergulhar e suspensos solas soltas...
Quem começa? Medo… É que de repente assume em mim uma vontade de ser assim. Assim no repente do de repente.
Agora eu?Eu?Eu quem ?
E do de repente eu recomeço.
Agora,do meu suposto não começo.(Re)começo do avesso.
Eu não quero mais esse negócio...
Esqueci o que era pra ser escrito, como se houvesse roteiro
Mas quando é que aqui vida se faz previsível?
Quando é que se pode imaginar que o atual seria...
ASSIM...
É que de repente se faz sentir ISSO...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Cinza mais cinza...
De flor de cacto paulista para flor de cacto "baiana".
É época de cactos floridos! A cidade seca arde por dentro de mim. Muita poluição carbonática. De manhã, o sol alaranjado atrás do cinza pesado me faz perguntar: "É a lua?" As vozes paulistanas se expressam roucas...nos pontos de ônibus, nos corredores do metrô...as tosses são secas. Fria, a cidade me deixa mais compacto, mais encolhido, abraçado em mim. O sono cola cama, cola cobertor, cola corpo.
Peito aberto e narinas fortes para sustentar em si todo tipo de ar rarefeito.
domingo, 13 de junho de 2010
O preço da Heiniken
Domingo a noite. É copa do mundo de futebol. Desenrolares de pensamento é tobogã de idéia corrente.
- Um clima toma conta do não sei o quê. Espaço? Tempo? Sei lá do que, nem o que é isso. E o que importa? Não irei trabalhar na sexta, mas terei que pagar as horas.
-Pouco me importa esse clima de copa. Rainha de Copas?
-Ontem foi dia dos namorados. Todo ano é esse ar frio de dar uma vontade de abraçar? Eliminar o entre que fica entre os nós?
-Produzir suor.
- Jazz. Ouça jazz a meia luz. E peça heineken!
-Mas que é bom ficar bebendo vendo jogo, é. E se juntar na sala. Lembra daquele churrasco lá em casa? Tinha um lençol pra não dar reflexo na tv que a gente colocou no quintal.
-Era epoca de dia dos namorados?
- Não, era época de greve.
-Nossa, era mesmo!!! O bar abria pros jogos. Bebiamos cerveja gelada no bar do Seu Luís. Mas não era Heiniken.
-Sem trabalhar. Ai ai ai.
-É louco esse negócio de horas, né? Compram minha hora a preço dado. Vendo minhas horas a preço dado. No dia da copa darão minhas horas. Darão não. Farão que eu as pague depois. Quando eu quiser... ou quando precisarem.
-Era greve em Assis? Agora entendo. Sempre há um motivo para sequestrarmos nossas próprias horas.
-No dia da copa não sei se acordarei a tempo para ver o jogo do Brasil.
-Vai ter cerveja gelada. E a gente pode ficar junto um pouco, rir e se encontrar de pijama.
-Heiniken?
-O que o dinheiro der pra comprar. Até uma migalha de tempo.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
O frio e o amigo
A noite venta lá fora, sem som. O interfone espera calado. A casa quente acolhe quem acaba de acordar de cochilo de fim de tarde que escureceu. Quando você chegar me dê um abraço forte e traga aquele cheiro de perfume que é só seu. Sentaremos à mesa, e ao fumar um cigarro lhe contarei que ainda não tomei o banho, que estou com preguiça, que ando confuso, que o mundo é mesmo muito maluco. Como é bom receber em minha casa presença de pantufa.
Vou colocar a água pra ferver. Tem chá de camomila, cidreira, maçã e hortelã. Pode escolher, e se quiser fazer misturas, fique à vontade. Deu preguiça de comprar o vinho hoje. Daqui a pouquinho tomo o banho. Calma aí. Deixa passar devagarzinho, sem fazer nada, só pra sentir o estar junto...
quarta-feira, 2 de junho de 2010
-Ce tá vivo pra que?
Pergunta errada. Sei que tô e é disso que me basta o continuar. É que essas dores não ficam. Essas alegrias também não ficam. Só essa vida mutante e esquisita que se estende em mim. Esse tanto de gente que fui aí quer encontrar aqueles irritantes e/ou dóceis que serei. Vai cuquinha...curte o relaxo.
terça-feira, 25 de maio de 2010
De manhã cedim
Gela de eira nem beira, me vê um góle de chá quente
É que de tanto solavanco, paladar qué aconchego
Cansado de em pé aguentá, vontade de sono
Vê cama quente usada
Vê cheiro de café que embala
Num vê que com bocejo não há de ter pressa
então encosta o cabelo na janela fechada
Viaja
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Álvaro de Campos
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Anjos que não morreram
estes viajantes de momentos,
iam além de telhados.
Desafiavam o dito
questionavam a gravidade
e seu mito.
Anjos qe não morreram
e que cegos de paixão tentavam
alertar os cegos de razão
sobre sua falta de lucidez.
Ao tentatr explicar-lhes
os efeitos da falta de sentimentos
eram ridicularizados.
Mortos, ao contrário do que se pensa,
já não tinham tanta energia
quanto em vida.
Pois anjos
nada mais são
que pessoas vivas e iluminadas.
Emitem luz própria e calor.
Assim como as estrelas
parece que voam.
Assim como as estrelas
também morrem um dia.
Marcelo Mamute Rodini
sábado, 17 de abril de 2010
Ela na paulista
Só o cinema. Cinema só.
Não está a nada esperar.
Se sozinho me entupo de informações
esvazio de sentido o alheio, o ao lado.
Ao bando exprimem diversas tonalidades de voz
Grunhidos de gralhas velhas - Irriquieta
Rouquidão de senhor esnobe – o Paulo são
Nas calçadas seguras as bolsas abraçadas com grossas roupas
E tem entrada em vão
E tem gente no ar em avião
E tem corpos dormidos no chão
Pensamento escapa por funil de balão
Sem perceber fumaça, barulho, nada mais
Cotidiano misturado com corpo
Um tanto paulistano?
Sim, pois muito sem ser
Conservadora, cidade conservadora do absurdo.
Dona Cidade Louca Caduca
De xale neon.
domingo, 4 de abril de 2010
-CAminhante, qual a questão?
domingo, 28 de março de 2010
tristeza do jéca
Vontade de abandonar um pouco de tudo. Me embreagar por aí sem pensar muito em mim. Quero um pouco de mundo. Me poluo de excesso e incessantes questões. Tá meio chato, sabe?
É que pareço me acinzentar com essa cidade. Cada vez mais opaco me camuflo no meio de tantos tons sem brilho. Não ouço pássaros há tempos neste lugar... Ir ao Zoo e fingir que sorrio com essas grades?
Por favor, não me socorram. Ainda resta um resto de insatisfação com isso tudo. Ainda tenho a inquietude como semente. Não há motivos para me notarem. Preciso que eu me note e perceba que tá triste aqui. Para perceber só que to triste e abraçar meu travesseiro e chorar um pouco.
O cenário está propício para a meia luz, para a solidão, para uma bom trago de cachaça...Tem drama não...são só questões de ser, e não precisam se estender em muitas. Ainda há algo que devagarzinho pede passagem. Ainda não sei o que se passa, mas vou acompanhando esse fluxo calmo... e triste.
Não há desespero, só solidão
segunda-feira, 8 de março de 2010
Sede
Muita água
Água quente, água gelada, água cremosa, água ensopada
Tenho sede de mais água
e não cessa.
Água ardente
com goles largos
Água de gargalo
com rio abaixo
molhado
A pele ta seca
A lingua ta lixa
Cabelo empoeirado
e unha roída, doída, inflamada
Mais água
um balde
banheira
de gelo
geleira
Que eu lambo
tomo
molho
mergulho
Mas essa sede nunca passa
Suor salgado
arenoso, pegajoso
por dentro gruda
paredes de entranhas.
Suja, deserto de mim!!!
estranha, estranho
Parada.
E lasca
quebra
cai
e se estilhaça.
Desespero de garganta áspera
pena, farinha e desgraça
a água só passa
não embassa, não encharca
Me encharca
É de água
Minhágua
ÁGUA
Água
água
gota d´dágua
quarta-feira, 3 de março de 2010
Colírios Anti-psicóticos...pingou e ficou cego
.
Atingiram em cheio a íris-arco, a menina que morava nos olhos, as cataratas que refletiam...
O que há entre aqui - contorno plasmático- e o mundo? Que pele é essa? Viscosa, que pisca através de para-brisas. Pálpebras param as brisas? Brisas... De olhos fechados veja o rosa de dentro.
"E de dentro me perco onde não sei se o que sei é sabido por quem olha de lá. Só eu posso ver o que vejo. Ver: ... sabe-se o?."
Qualquer forma ao se colocar olhos parece tornar-se Viv0:-I. Mas é quando estão fechados que se tem o medo do que não se pode ser.
"O que eu não sou?"
Fechados, habita lugares só meus, eu, acompanhado. É mesma sensação de cobrir a cabeça com lençóis. É não saber se me vêem, não me importar. Observa se estou a sorrir, mas nunca saberá pra qual canto vejo. E se vejo canto, ou grito que calo.
Vela meu sono, olhos fechados. Vela as visões protegidas pela Santa pálpebra com seu manto estrelado. Vela onde passeio e ninguém pode me alcançar, acompanhar, compartilhar. És companheira de São Jorge? Por aqui tenho companhia solitária. Seguro, fecho os olhos.
Há mundos neste mundo que não preciso, não quero e não posso compartilhar. Nesta hora prefiro a solidão de estar
sábado, 27 de fevereiro de 2010
tornozeleiro
Depois da revolta jovial no tunel do tempo maluco querido sem-teto abraçado
Cá estou eu.
Parado no sofá-cama na sala de perna pro ar.
Engessado por fora.
E mil e uma outras coisas pensando em mim.
Encaroçado ou noiado?
Muleta pra poder mijar.
Banho?
E o tempo lá fora começa a soprar frio.
F-A-M-Í-L-I-A.
Isso sim é invenção estranha.
Férias ou prisão domiciliar?
Foi assim que contei:
Pisei num buraco, num estacionamento, numa formatura, numa assis. Torci, torci, torci...
até torcer de vez
o tornozelo...
aí, aqui, ou paro ou paro...penso muito na vida. tava precisando. introspectivo.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
São Paulo graciosa nas ruas. Foliões - amigos da Folia.
Foligem paulistana. Confetes? Pé, perna. POde chorá, pode chorá, pode chorá...alegremente cantada pelas ruas da cidade Absurdo.
LAdeira silenciosa. Batuques? Maracatu?...em passos avante......caipirinhas verdes em copo gelado. Paradas.... e depois mais povo...
São cinzas confetinadas, confetes acinzentados....folia, foligem....
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Metrô
-Mas que horas são?
-Não sei. Não sei. Não sei. É que de vez em quando dá uma canseira.
-Mas que horas são?
-Não sei, porra.
Silêncio. Estação Liberdade. Estação respire fundo, olhe lá fora como rápido passa o chão listrado de trilhos de ferro. Estação São Bento. De óculos e rugas, cabelo cinza, sacola com flores secas e um espirro. Armênia... sai do buraco e ganha a luz...sol, sol, sol....rio fedido.
"Depois haverá vento. Depois haverá vento"
-Que horas são?
-Falta 15. Vamu aê.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Uma volta
Saiu sério, com os olhos abertos arregalados. Andou só, andou só, andou só. Em suas idéias lhe visitavam meninos noturnos, meninos chorosos, meninos medrosos. Carregava no pescoço um enrosco (pomo de adão? nó?).
Passou o sol. A lua chegou, foi embora. Caiu folha. Tempestou. Os sinais de transito abriram, fecharam. Estradas foram criadas, pedágios, tuneis, pontes e passarelas. Ventou, ventou, ventou...
Sem bolhas no pé encontrou a moça sentada na beira da calçada. Ela estendeu a mão. Se olharam e ele sentou, um pouco.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Se fez ovo
-Pensamento cacofônico, irritante, logorreico, não saia de mim.... exploda em nada e dirija-se pro beco sem saída onde não mais lhe encontro.
E fez. O ovo. A incoerência gritada pelos quatro cantos de si- arredondados. Num encontro mais do que público e/ou privado. Se fez. Abandonou aquilo que já foi dito, escutado, falado, murmurado, escrito, gravado. Criou. Deixou o desejo puxá-lo ao entre si e.
E queria de vez em quando, para quebrar a rotina chata e machante dos dias, o ato de aventurar-se em atos de. E mesmo com um quê de repetição, sempre ressoava um respiro de liberdade. Um momento em que, sem dizer pra ninguém, sem ninguém pra dizer...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
A borboleta
Da gargalhada se transforma em sorriso de boca fechada. Da boca arqueada, algo que alguns chamam de pensamento, lhe faz de reta a expressão que cabe inesperada àquilo.
"E os olhos?" Pergunta a boca incontrolável ao sentido que abre janelas.
Eles não respondem. Apenas piscam e se umidificam com águá (salgada?).
Cada fim, sutilmente, marca sem que percebemos a chegada de outrem. E assim vai rasgando a via entupida de esperado. Há sal pra salgar o inóspito. Há açucar pra manchar a lingua áspera de secura monótona.
A formiga morre. A árvore secular morre. O som do pandeiro se termina. E a partir daí é só mistério. O que vem agora depois que a borboleta se foi? O que o silêncio carrega de pensamento? Quem vai te olhar quando não mais há sorrateiros disfarces?
O movimento se apresenta na muda forma estática de um ser que está por vir.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Receita
1 ovo frito meio mole com algumas pitadas de sal
1 tomate picado e temperado com salsinha, cebolinha e azeite.
1 copo de suco de laranja bem gelado.
Misture tudo dentro de si após degustar tragos de folhas verdes. Coma, feche os olhos, sinta o cheiro. Aí durma. Que delícia