sexta-feira, 23 de abril de 2010

Anjos que não morreram

Vidrados no céu,
estes viajantes de momentos,
iam além de telhados.

Desafiavam o dito
questionavam a gravidade
e seu mito.

Anjos qe não morreram
e que cegos de paixão tentavam
alertar os cegos de razão
sobre sua falta de lucidez.

Ao tentatr explicar-lhes
os efeitos da falta de sentimentos
eram ridicularizados.

Mortos, ao contrário do que se pensa,
já não tinham tanta energia
quanto em vida.

Pois anjos
nada mais são
que pessoas vivas e iluminadas.
Emitem luz própria e calor.

Assim como as estrelas
parece que voam.
Assim como as estrelas
também morrem um dia.

Marcelo Mamute Rodini

sábado, 17 de abril de 2010

Ela na paulista

Quem é que está a me esperar na sala de cinema?
Só o cinema. Cinema só.
Não está a nada esperar.
Se sozinho me entupo de informações
esvazio de sentido o alheio, o ao lado.
Ao bando exprimem diversas tonalidades de voz
Grunhidos de gralhas velhas - Irriquieta
Rouquidão de senhor esnobe – o Paulo são
Nas calçadas seguras as bolsas abraçadas com grossas roupas

E tem entrada em vão
E tem gente no ar em avião
E tem corpos dormidos no chão
Pensamento escapa por funil de balão

Sem perceber fumaça, barulho, nada mais
Cotidiano misturado com corpo
Um tanto paulistano?
Sim, pois muito sem ser
Conservadora, cidade conservadora do absurdo.
Dona Cidade Louca Caduca
De xale neon.

domingo, 4 de abril de 2010

-CAminhante, qual a questão?

É por onde piso enquanto estou a caminhar. A questão é o que questionar. É o que quero enquanto devo. É o que devo enqtanto quero. Fazer, pensar. Continuar ou quebrar o passo e a velocidade do andar?