sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cidade Natal

E por tantas andanças volto a cá. O corpo cheio de marcas que nem vejo, apenas sei que existem. A cidade ganha novo andante, no cotidiano que até havia esquecido existir. Acorda, almoça, trabalha e volta pra casa na pequena cidade pequena. Acho que também é possível, desde que haja tranquilidade no olhar, sem cobrar o estar mergulhado nas fissuras de velhas cicatrizes. Quando achei que já haviam ido, apareceu uma cidade inteira... e não foram...
De supetão, no meio do nada Eles surgem. Menina Melina diz:
-Os tempos áureos virão, antes que eu desfaleça com a cólera do meu eu hoje.
Fran quebra o suspiro e exclama:
-O gato rompeu a realidade do tempo e agora dialoga diretamente com seu futuro!
E na ponta da mesa, menina Cheiro feito gato estrangeiro arrastando sensibilidade em contato fecha a conta e sai por entre as pernas miando:
-Esse mundo é apenas uma dimensão na imensidão do universo que existe em nós.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

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O arrepio na espinha e os pensamentos perturbadores deram lugar a uma confiança em que iria vir acomodados momentos alegres. É que não mais estava sozinho com a espinha e os pensamentos. Passou a conversar e sintonizar-se com vozes alheias. Deixou um pouco além aquilo que ouvia de si e sentiu outras passagens. Quando menos esperava deles, eles de presente no repente surgiram. Eram todos estranhos. Fato que lhe deixou seguro em ser daquele jeito esquisito. Cada corpo sem simetria ocupava sua visão de que realmente o mundo era um tanto torto. E que o simétrico caia como que sacolas de supermercado. Nesta hora viu-se amigos.