sexta-feira, 17 de junho de 2011

De sexta para sábado

O tal do cara resolveu colocar o barco em mar aberto. Lançou grandes velas pelos ares de entorno azul....
Estava cansado de tanto chão da mesma cor. Os seus pés que já foram pequenos... hoje cascudos com dedos gordos... pisavam madeira. o Olho aberto que por horas remela viu água esverdeada.
- Salve! Salve! Salve!
E saltou da prancha para entrar noutro contorno.
Gelado.
Pra depois lareirar coberto de cobertas.
Tamo(s) tamo(s) tamo(s) tamo(s).

- Viva!
Ouviu vozes que sem combinar gritavam.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Preparo

Escolhi o amaciante mais cheiroso para lavar toda a minha roupa - de cama, inclusive edredons. Barri casa e passei pano de chão com desinfetante de lavanda. No banheiro que estava cheio de pêlos deixei o piso de molho na Cândida. Esquentei água na chaleira e passei café fresco.


Estendi ao sol os extensos lençois. Esperei o chão secar para espalhar tapetes e depois andar descalço sem frio em sola de pé. Acendi o incenso pra espantá olho gordo e inveja.


Saí pela rua sem pressa - era sábado. Comprei um livro de receitas com fotos ilustrativas. Quatro latinhas de cerveja ou uma garrafa de vinho? Vinho. E lazanha congelada. Imaginava pelo caminho até a catraca do metrô que a casa estava sendo totalmente defumada e que quando ela entrasse iria sentir-se bem e confortável.


Comemos bebemos fizemos sexo dormimos fumamos beijamos abraçamos banhamos fizemos sexo dormimos acordamos despedimos. Ela se foi domingo de manhã. O resto do dia fiquei pensativo. Fez frio e resolvi não encontrar mais ninguém.