quarta-feira, 25 de julho de 2012

...

Registrar mundos....tarefa do humano. Mas de tantos - humanos, mundos- parece ficar meio sem nenhum, por vezes.
E vaga pelos aís dos mais diversificados lugares e com gente de muitos cheiros e paixões.
E em determinados momentos penso no sentir daquilo que ensaia acontecer.
E meu sobrinho usa palavra antes não escutada dele:
- Anoitecer...
Como se a turbulência ganhasse de presente o novo encanto.




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Por aí

É que num pisque se percebe tendo que haver escrito, inscrito.
E tanta coisa que passa na nervura dos dias. Dia-a-dia, hora-a-hora.
A cidade gelada pede roupas que esquentam.
Quem é que vai ficar em casa durante o dia chuvoso?
Quem são?
Sozinho penso nas relações da vida.
E exercendo o relacionar-me me curo.

com outras coisas, gentes.

Salve todo turbilhão que caiba também em massa abaixo de 90 kg.
E quando necessário, estremeça por onde haver de ser assim.

Sem medo de enlouquecer, nem morrer e fracassar.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Velhice

Com tristeza notou-se cheia de tanta. Fez de entontecer-se quando percebeu, que inevitavelmente nesta época que ainda não passara, o envelhecera.
E da velhice, perguntou:
- Será que daqui há revoltas e recomeços?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Larvas...em processo de

E de tanto insistirem, conseguiram permanecer no mesmo prédio. E não eram mais os mesmos. Nem o lugar permanecia como antes. É que de tanto insistirem em ali ficar, ali ficou sendo um tanto mais renovado. E o arrisco de ir até lá era tão penoso como o de ali ficar. E preferiram o risco de continuar.
A maloca não tornou-se saudosa.
Dizem que de larva dá dengue.
Dizem que de larva dá buboleta.
Dizem tanta coisa.
Arco-íris vem depois de tampestá.
Tendo achá.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mudança II

Dos poros haviam fios saídos longos.
Barba no queixo e bigodes.
Das axilas, breves maços.

E pela primeira vez
Do gilete, corte deu reinício à pele lisa.
E de pele raspada, me refiz em novo.



sexta-feira, 30 de março de 2012

Mudanças I

Até os 17 morei na mesma casa da avenida 13. Lá no interior a casa é também lugar de recepção de pessoas e local de passagens rápidas, circulação.
-A quem abrimos as portas de nossas casas? A que abrimos a porta de nossas ruas?
Quando se é criança, anda-se mais de pé no chão descalço. A cidade está aberta para a descoberta e principalmente para a invenção. No interior nunca houve ônibus. Minha família teve um Opala até meus oito. Lembro-me de quando aprendi a andar de bicicleta. O meu alcance aumentou de um jeito que achava possível percorrer todos os caminhos das ruas desconhecidas. E de pedalas em pedaladas a rua escorregava nos meu pneus...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Pairando entre pedaços de satélites

Momento transicional. Afinal das contas, pra que mesmo estamos por aqui? As mudanças são processos doloridos e necessários. Há uma confusão... fusões daquilo que fomos com aquilo que iremos ser e ainda não está pronto. Sendo isso.
Que caminho é este que estamos traçando?
É na corda bamba que caminhamos. É no trilho de trem. E por linhas de pipa descobrimos um céu cheio de nuvens, estrelas, sóis, e luares... também trombamos com vistas de aviões boing com grã-finos, satélites da NASA, fumaças de automóveis e urubus sedentos por carniça. O céu não é tão convidativo para contemplação. O céu, este da utopia, necessita de ação, desvios. Não é de se ver de longe....é necessário alçar voos arriscados.
Arrisco-me em nome daquilo que acho ser o que deve ser feito.
Difícil.
Com a certeza de sair vivo, arrisco-me.
O momento é de buscar a vida caminhante para a vida.
Por mais clichê, faz sentido Pessoa: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena."

sábado, 17 de março de 2012

Dia tal do ano de 20012. Dizem que apolipticamos..remos..

é que dura... a vida

avisa qe o acaso não avisa

paradoxos

e qto há de irrita, ás vezes NÃO irrita, por vezez irrita...

docilmente quando se torna irritamente coceira, irrita gostoso

se vós pulais da ponte de vista bela serás maldito?

- Não sou tão corajoso para tanto. Prefiro a flutuação de inquietar-me dolorosamente.


Sirvo-me de todos os panos que me vestem das cabeças aos pés. Não. Nu é muito para me mostrar.


Td bem



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Enchente da primeira sexta

É isso aí... primeira sexta-feira do ano.
Lotação voltando pra casa com tv ligada no Datena. Uma chuvarada que deus dava pra inundá, matar gente afogada, helicóptero, bote .... e Datena dizia: "quem tá vendo o Datena na tv, chacoalha um pano branco em sinal de protesto...
O mundo corre, corre, corre, corre...e quer chacoalhar panos brancos pro Datena.
Quem salvará ? Quem salvará?
Viva o que há de vivo. E morte.... ao que necessita findar-se
Datena enfia seu programa no cu.
Expressa esse conteúdo carregado de dor com força outra, inundado.
NAs sextas-feiras após expediente tem caras cansadas, mas ansiosas por um copo de cerveja.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

São paulo continua...

São Paulo continua... com a nudez dos contornos de risca cinza. Acabando de passar ônibus circulares... ao som de itamar assunção....
São Paulo continua com a inconstância que me faz de tão vivo...às vezes... sentir-me como tal.
E pelos muros que olho, alguma coisa insiste em me dizer algo... algos.
É que é tanta gente...que me disbarateio nas mais variadas feições...
Vi a senhora magra e loira no meio da avenida. Perguntei:
- A senhora está perdida?
Ela me olha, preocupada com quem chega e diz:
-Tô à espera da Meire.

sábado, 14 de janeiro de 2012

É que me visto com um traje cabível: Preguiçoso...

"Oh, se eu não fizesse nada unicamente por preguiça! Meu deus, como eu me respeitaria então! Respeitar-me-ia porque justamente teria a capacidade de possuir em mim ao menos a preguiça; haveria, pelo menos, uma propriedade como que positiva, e da qual eu estaria certo. Pergunta: quem é? Resposta: um preguiçoso. Seria muito agradável ouvir isto a meu respeito. Significaria que fui definido positivamente; haveria o que dizer de mim. "Preguiçoso!" realmente é um título e uma nomeação, é uma carreira. Não brinqueis, é assim mesmo. Seria então, de direito, membro do primeiro dos clubes, e ocupar-me-ia de apenas em me respeitar , e ocuparia-me-ia apenas em me respeitar incessantemente." (DOSTOUÈVSKI, Memórias do subsolo")