segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

passageirando

Não dá pra saber quando é passageiro. Quando se é passageiro, tudo parece anestesiado, sendo levado em movimento. Quando é passageiro, por mais que se saiba, tem uma angustia ruidosa acompanhando o passar... e a inércia entontece. As paisagens, passagens, passeios, pastagens se misturam no meu estômago, que olha, escuta e viaja e vomita e tenta correr pro sono cansado que quer um colchão no chão. Abraça travesseiro molhado e meio acordado sonha com maior confusão.
Será um sequestro?
Um sequestro passageiro?
Ou um passageiro sequestrado?
Só o tempo socorre. Por enquanto é só gira.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Orquidário

Quando a morte ronda, o corpo arrepia de jeitos nunca antes arrepiados. Mais do que a morte de uma pessoa, mas a Morte. Ela carrega consigo um turbilhão de memórias, tornando-as inacessíveis. Como se com a chegada desta, chegasse a mim, no repente, reviravoltas antes não sentidas.
E por vezes ela se aproxima com seu bafo colorido de tons metálicos e se vai. Deixa no meu corpo sensação de...