SEGUNDA-FEIRA, 1 DE MARÇO DE 2010/3 DE MARÇO DE 2010
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Atingiram em cheio a íris-arco, a menina que morava nos olhos, as cataratas que refletiam...
O que há entre aqui - contorno plasmático- e o mundo? Que pele é essa? Viscosa, que pisca através de para-brisas. Pálpebras param as brisas? Brisas... De olhos fechados veja o rosa de dentro.
"E de dentro me perco onde não sei se o que sei é sabido por quem olha de lá. Só eu posso ver o que vejo. Ver: ... sabe-se o?."
Qualquer forma ao se colocar olhos parece tornar-se Viv0:-I. Mas é quando estão fechados que se tem o medo do que não se pode ser.
"O que eu não sou?"
Fechados, habita lugares só meus, eu, acompanhado. É mesma sensação de cobrir a cabeça com lençóis. É não saber se me vêem, não me importar. Observa se estou a sorrir, mas nunca saberá pra qual canto vejo. E se vejo canto, ou grito que calo.
Vela meu sono, olhos fechados. Vela as visões protegidas pela Santa pálpebra com seu manto estrelado. Vela onde passeio e ninguém pode me alcançar, acompanhar, compartilhar. És companheira de São Jorge? Por aqui tenho companhia solitária. Seguro, fecho os olhos.
Há mundos neste mundo que não preciso, não quero e não posso compartilhar. Nesta hora prefiro a solidão de estar
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