A cidade coberta de névoa quente.
Os carros e caminhões enfileirados na margem de rio sujo e fétido chama o diabo do ódio.
Desgosto pinga em face com o suor grudento, encorpado.
É o inferno de viver no desenfreado movimento só, com apáticos rostos fantasiados de cor.
Há gordura nos ares e no hálito. Toda a pizza, os hamburgueres e queijos fritos me enojam e causam ânsia.
Aqui há rancores. Aqui há o que de mais podre existe no mundo. Aqui há também.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
sólido mundo
O mundo sufoca, abafa, entope
O mundo é preso, presa sem dedo
O mundo rodeia e tonteia, engasgo.
Às vezes
No mundo me vejo lacrado à vacuo
Eu-mundo compacto
Que eu corra e me largue do mundo
Que corra o mundo parado e se mova
Concreto contorno rachado
O mundo é preso, presa sem dedo
O mundo rodeia e tonteia, engasgo.
Às vezes
No mundo me vejo lacrado à vacuo
Eu-mundo compacto
Que eu corra e me largue do mundo
Que corra o mundo parado e se mova
Concreto contorno rachado
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Sem guarda-chuva
Acordei e esqueci de olhar se caia água. Ao abrir a porta que me joga pra fora do lar sinto ventania úmida. Umideço-me. A rua molhada é vista de dentro do ônibus, aquecido. Como irei me guardar da chuva? Nem ligo. É que tem alguns dias, às vezes, que acordo bem. Penso nas novidades dos encontros. Fico sem sono e sem medo do frio.
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