Ela delicadamente foi segurada pelos braços com pêlos descoloridos da mãe e voou pela janela furada.O seu choro abafava a vista da calçada que chegava lentamente? Não sei.
Ela dorme na calçada movimentada de passos acelerados de saltos, de dedos, de pés encouraçados. Suspira e sonha com a corda que pulou outrora? Não sei.
A platéia grita: "puta". Durante isso, ela, escoltada por seguranças, desfila na Entidade Casa de Sábios Saberes com sua mini-saia comprada para mostrar sua coxa bronzeada de praia, sal e sol. Se envergonha? Não sei.
As dores são cada vez maior. Ela quer que esse mundo rasgue sua vagina com todas dores que lhe caibam. E um fio de navalha lentamente risca sua enorme barriga cheia de gente.
Ela vê a imensa luz. Depois se alimenta de leite quente vindo de teta.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Passageiro
Há tempos não passo por aqui. A areia do deserto estava agitada demais devido à forte ventania. O sol ainda continua extremamente quente, meu miolo ainda espuma gosma viscosa de susto forte. Estou quase de volta. Ainda falta terminar de tomar a água gelada do copo que esvazia-se. Aí sim a sede passará e poderei sentar a frente deste portal estranho, onde o encontro com as pontas do meu dedo causa bolhas. Por enquanto este é apenas uma falsa passagem, um colocar a cabeça para dentro sem deixar a mostra minha jugular. Protejo o pescoço com colar de pérolas feito por hippies que vivem no fundo do mar... Ensaio...
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