segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Despir-me. Zerar o placar para que outro jogo comece. Outro campo, outras roupas, outro solo, outros jogadores. O mesmo corpo com marcas, com calos, com rugasde sorrisos e rastros de lágrimas. Despir-me.
Vento que sopra o rosto suado. O menino respira o ar que vem lá de longe. O que chega vem carregadode partículas que perderam a origem, o surgir. Já foram chão de casa, terra de pomar, sujeirade unha e vento. Grão que pregam e despregam-se no ar, na pele, na água.
No primeiro chutar da bola chacoalham-se os pêlos que tremem. Alguns caem. Poros se abrem pretos . Pontos saem de dentro da carne.
Despir-me de mim. Novos pêlos, novas peles, novos cheiros, novos seres.....
Sejam bemvindos...vindo, vindo...
Que me morra, que se mato....
Mas principalmente, que seja bem vindo vivo.....pois vivo.

sábado, 24 de janeiro de 2009

De saco mto cheio de tudo isso......as vezes parece que caí neste mundo e ainda não me recuperei do tombo....
ainda bem que é as vezes....mas ainda mal que o as vezes é agora....fudeu...
é a vida

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

SãoPAulo... cidade furada de caminhos, becos...vias.
Cores sicronizadamente dessincronizadas. de quantas mãos, olhos e passos é feita esta cidade?
Como é possível que assim como no céu meus olhos se perdem infinitamente sem local de repouso, neste espaço urbano a frente não há alcance sem gente.
é gente pendurada pelos ares...jardins suspensos de concreto e carne que anda.
Não há mais distancias fícas...inevitavelmente nos trombaremos por esbarrões, olhares, paixõses e também gritos escalafobéticos de dentro de carros, de bares, de ruas...
Caibemos!

sábado, 17 de janeiro de 2009

for sada...
a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida"

seguro morreu de velho e sozinho...
leminski

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Não sei quando começou, mas de um repente estou aqui.
Criança que sou. Brincando de viver, de experimentar a inconstância em estar de olhos abertos e acessível a mundos. Em certos momentos tenho uma imensa vontade de continuar em estado sonífero, deitado em cama, subtraído de outros encontros além de mim comigo em minha imaginação.
É neste lugar que me sinto confortável, quando consigo brincar em minha imaginação com possibilidades nem sempre viáveis de acontecer Quando me sinto sem culpa de criar, de viver, de arriscar. Quando desconsidero a opção de me arrepender em fazer/pensar algo e me deixo levar por meus sonhos. Por mais que isso aconteça em um lugar que só em mim habito...minha imaginação. Necessito da solidão e do caminhar sem barreiras físicas. Necessito do delírio que desaprisiona o senso comum. Necessito poder decidir em mim o que se faz necessário e o que me faz ...
O que quero ser divido quando assim me faço... de resto, tenho em mim todas as possibilidades do mundo....tenho em mim todos encontros possíveis...tenho em mim a imaginação e o sono.....